Ainda que os incalculáveis prejuízos venham a emergir, a primeira e a primordial preocupação está justamente na lógica de respeitar e preservar vidas. Em um evento que basicamente se estabelece a partir da presença do público, o distanciamento social previsto em protocolos governamentais acaba por inibir o comprador-expositor, o que causaria desconforto e pressuposto incômodo diante da habitual presença maciça, assim por dizer, mesmo diante de medidas preventivas que seriam tomadas.

Ainda em uma conjuntura local e temporária, observando o movimento de mercado e a sinalização de cancelamento de eventos tradicionais no Estado – e por consequência o adiamento do pleito eleitoral –, considerando ainda os protocolos locais, que restringem o acesso à rede hoteleira, e, ao mesmo tempo o risco logístico do setor aéreo e receptivo local, acabam por inviabilizar a execução de um evento de grande porte.

Assim sendo, traçar um planejamento diante de tantas adversidades presentes, não só colocariam em risco os resultados dos investidores, a credibilidade de três décadas do evento, a segurança de toda a cadeia no segmento de joias, relógios e ópticos, como também infringiria diante das medidas legais vigentes e impostas pelos gestores públicos.

Neste sentido, o Sindióptica RS mais uma vez reafirma sua transparência e responsabilidade em justificar tais medidas, aprofundando o debate a todos, mas cabendo apontar uma posição mais efetiva, porém, necessária, diante dos indicadores de risco de transmissão pelo novo coronavírus. Entendendo a circunstâncias dos fatos, e contando com a compreensão dos empreendedores ópticos, estamos à disposição para outros eventuais esclarecimentos.